“[…] Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38).
1. COMEÇO DE CONVERSA:
Você já se arrependeu por ter feito algo errado ou deixado de fazer o que era certo? Pode compartilhar sua experiência conosco, resumidamente?
2. LOUVOR (Primeiro Amor – Aline Barros)
Quero voltar ao início de tudo
Encontrar-me Contigo, Senhor
Quero rever meus conceitos e valores
Eu quero reconstruir
Vou regressar ao caminho
Volver às primeiras obras, Senhor
Eu me arrependo, Senhor
Me arrependo, Senhor (2X)
Eu quero voltar ao primeiro amor
Ao primeiro amor
Eu quero voltar a Deus
3. TEXTO PARA REFLEXÃO
Até aqui, nessa série de reflexões, vimos que o pecado está por trás de todo o mal que sofremos e praticamos. Quanto mais pecamos voluntariamente, mais fracos nos tornamos para buscar socorro. Veja a declaração do Salmista a esse respeito:
“Enquanto escondi os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer” (Salmos 32:3).
“A minha vida tem transcorrido em aflição, em lamentos, meus anos; devido à culpa, minhas forças se esgotaram e meus ossos se enfraqueceram” (Salmos 31:10).
O sentimento de culpa muda o semblante e o comportamento das pessoas, como descrito no Antigo Testamento: os homens e mulheres se vestiam de pano de saco, ficavam sem comer, jogavam cinza na cabeça e pranteavam prostrados no chão (Neemias 9:1-3; Jonas 3.1-10).
No entanto, geralmente as pessoas tem dificuldade em admitir e assumir a própria culpa. Sua tendência, geralmente, é transferi-la para os outros, desde o primeiro casal, após pecar pela primeira vez.
Adão disse ao Senhor que a culpa direta era da mulher e indiretamente de Deus, que deu ela a ele. A mulher disse que culpa era do diabo. E essa tendência continuou por toda a raça, inclusive em homens como Moisés, que culpou a Deus e o Povo pelos seus atos de ira. Porém, sempre seremos responsáveis por nossas decisões e culpados pelos nossos erros. Fomos criados com a capacidade de escolha. E seja qual for ela, a decisão sempre estará em nossas mãos, mesmo na condição de escravos.
A Bíblia diz que todos os homens pecaram (Romanos 3:23), e que a inclinação deles é para o mal (Gênesis 6:5). Consequentemente seu procedimento é de inimizade contra Deus, pois não se submetem à vontade dEle (Romanos 8:7,8). E ao contrário do que muita gente pensa, Deus não pune os pecadores, ainda. É o próprio pecado que executa a pena, pois o seu salário é a morte (Romanos 6:23). Mas, Deus sempre teve outros planos para os pecadores: “Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lucas 19:10; veja também João 3:17 e Jeremias 29:11-14).
Antes do pecado entrar no mundo não havia sofrimento, nem tristeza, nem fome, nem doenças, nem cansaço, nem morte. O homem vivia em perfeita paz com Deus, desfrutando da presença plena dEle, onde até o leão pastava com o boi sem lhe causar dano. Porém, perdemos tudo isso por causa do pecado.
Mas a Bíblia revela os planos de Deus para nos resgatar da condenação e restaurar toda a sua criação de acordo com o Seu propósito. Seus planos já foram executados a cerca de 2000 anos, e são apresentados nas Sagradas Escrituras como “Boas Novas” ou Evangelho de Jesus Cristo. Os primeiros cristãos o chamavam de “O Caminho” (Atos 9:2; 19:9, 23; 22:4). Pois, Jesus abriu o único caminho que leva a Deus. Ele já fez tudo o que era necessário para salvar o pecador da condenação, de acordo a Lei de Deus. Entretanto, cabe ao pecador tomar a decisão de crer e de se entregar a Jesus, andando com Ele nesse “Caminho”.
No entanto a pergunta é: Como o pecador pode se livrar de todo o jugo do pecado e de sua pena? Como conquistar todas as bênçãos de Deus prometidas na Bíblia? Onde tudo começa?
O Evangelista Marcos inicia a sua narrativa com a seguinte declaração: “O princípio do Evangelho de Jesus Cristo” (Marcos 1:1). Ele inicia apresentando a obra de João Batista, que pregava o batismo de arrependimento às margens do Rio Jordão, dizendo “Arrependam-se, porque o Reino dos céus está próximo” (Mateus 3:2). Depois, Jesus Cristo iniciou o seu ministério, com essa mesma declaração: “Arrependam-se, porque o Reino dos céus está próximo” (Mateus 4:17). E Ele continua sua pregação, dizendo: “Eu não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento” (Lucas 5:32); “[…] se não se arrependerem, todos vocês também perecerão” (Lucas 13:5). Depois, seus discípulos continuaram a mesma pregação, dizendo: “[…] Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38).
A Bíblia deixa claro que o início do “Caminho” que conduz à Salvação oferecida por Jesus é o ARREPENDIMENTO. Ele é como a porta de entrada.
Para o homem se voltar para Deus, em busca de perdão, é necessário que se arrependa primeiro.
Como alguém poderia receber genuinamente o amor de Deus sem antes deixar as suas “antigas paixões”? Por isso o arrependimento é necessário.
A palavra grega traduzida como arrependimento é metanóia, que significa uma mudança da personalidade inteira, de um caminho pecaminoso para Deus.
O arrependimento é uma decisão tomada a partir do conhecimento da verdade que sou, do estado em que estou e para onde estou indo. A Verdade confronta a minha condição com aquela que perdi, devido às minhas escolhas. Assim, sou convencido pelo Espírito da Verdade, que toda a minha vida está contrária à vontade e aos princípios de Deus. A Verdade revela o coração de Deus ao meu, e essa revelação me constrange a mudar a minha vida, a abandonar aquilo que eu amava e desejava, e que eram contrárias à vontade de Deus, inclusive até odiá-las, e a passar a amar a Deus e tudo aquilo que Ele ama.
Apesar do arrependimento causar uma “tristeza segundo Deus” (2 Coríntios 7:9), não é algo apenas exterior. Ele gera mudança de coração e de alma.
“[…] voltem-se para mim de todo o coração, com jejum, lamento e pranto. Rasguem o coração, e não as vestes […]” (Joel 2:12,13).
O arrependimento é o princípio da segunda chance. É onde tudo começa e recomeça, tanto para o homem sem Deus, como para os crentes. Lembre-se das palavras de Jesus “[…] se não se arrependerem, todos vocês também perecerão” (Lucas 13:5).
Pessoas viajavam para desertos e lugares distantes para ouvirem a Jesus. Em todas as ocasiões, quando o encontravam, e davam ouvidos às suas palavras, a reação imediata era de arrependimento. E suas vidas eram mudadas para sempre. Zaqueu foi uma dessas pessoas que encontraram com Jesus (Lucas 19:1-10).
Hoje, você não precisa ir a Israel para se encontrar com o Filho de Deus. Ele está falando com você, agora. E você poderá continuar essa conversar em todas as páginas da Bíblia. Basta você abrir o seu coração e crer no Evangelho.
Continuaremos a nossa reflexão na próxima semana. E que o Espírito Santo revele o coração de Deus ao seu.
Por Emerson Cardoso
4. QUESTÕES PARA REFLEXÃO
- Explique com a sua experiência de vida o que é e o que não é arrependimento, segundo a Bíblia.
- Em sua opinião, o que leva uma pessoa ao arrependimento?
- O que pode acontecer com as pessoas que vão a Jesus sem antes passarem pelo arrependimento?
- O arrependimento no Antigo Testamento era observado com jejuns, usos de roupas de saco, prantos no chão. O que o profeta Joel quis dizer com a exortação: “rasguem o coração, e não as vestes”? Como o arrependimento é manifesto na vida das pessoas, hoje?
Referência Bibliográfica
BEVERE, John. Kriptonita: como destruir o que rouba a sua força. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Luz às Nações, 2017.