“Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor. Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio […]” (Apocalipse 2:4,5. Leia dos versos 1 ao 7).
1. QUEBRA-GELO:
Em sua opinião, por que alguns maridos ou algumas esposas deixam de expressar o seu amor pelo seu cônjuge, como no início do casamento?
2. LOUVOR (Primeiro Amor – Aline Barros)
Quero voltar ao início de tudo
Encontrar-me contigo, Senhor
Quero rever meus conceitos, valores
Eu quero reconstruir
Vou regressar ao caminho
Volver às primeiras obras, Senhor
Eu me arrependo, Senhor
Me arrependo, Senhor )2X)
Eu quero voltar
Ao primeiro amor (2X)
Eu quero voltar a Deus.
3. TEXTO PARA REFLEXÃO
Estamos meditando nessa série sobre o Primeiro Mandamento. E assim como os demais, não é uma sugestão. Porém, Deus não espera que O amemos contra a nossa vontade, forçadamente. Amar a Deus é algo indescritivelmente prazeroso, desejável, maravilhoso.
No entanto, alguns cristãos vão se acostumando com a rotina e acabam transformando o seu relacionamento com Deus em uma vida religiosa. Com o tempo, acabam se esquecendo e deixando de viver o amor que tinham por Deus no início do seu relacionamento com Ele. Hoje, vamos meditar sobre esse Primeiro Amor, cuja recordação tanto nos emociona.
O Primeiro Amor
É como um fogo de grande intensidade, que incendeia todo o nosso ser. Isso é demonstrado em uma parábola de Jesus:
“O Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo” (Mateus 13:44).
É a alegria dos primeiros momentos de relacionamento com Jesus. E por causa dEle, abrimos mão de tudo o que tínhamos. Esse amor nos leva a desejar e a buscar a presença do Senhor constantemente e intensamente. É uma profunda resposta ao grande amor de Jesus por nós.
Me lembro que, por insistência de um amigo, fui com ele a uma reunião de um pequeno grupo de irmãos da igreja que se reunia nas casas para celebração de cultos domésticos. Isso aconteceu nos idos de 1992. Não me lembro do que ouvi. Apenas senti que Deus estava ali, me oferecendo um amor irresistível, que de pronto aceitei. Cerca de três meses depois, eu estava caminhando por uma estrada deserta, de terra batida, tão alegre, como se estivesse pisando em nuvens e avistando a Jerusalém Celestial um pouco a frente. Eu estava indo para o lugar onde aconteceria o meu batismo nas águas. Eu estava radiante! Um outro episódio que me senti assim foi no dia do meu casamento, quanto sair do altar para receber a minha noiva como esposa, que caminhava em minha direção. Também me lembro que nos idos de 1997, ainda solteiro, minha mãe ameaçava falar com o pastor para mudar o meu quarto para o templo da igreja.
Essas recordações me trazem muita saudade… saudade de um tempo inesquecível, muito prazeroso e apaixonante.
Saber, receber e sentir o amor de Deus por nós é envolvente, cativante e contagiante. Amar a Deus envolve todo o nosso ser – corpo, alma e espírito – e mobiliza todo o nosso coração, toda a nossa alma, todo o nosso entendimento e toda a nossa força (Marcos 12:30). A exclusividade desse amor por Ele é o que gera em nós todos esse prazer indescritível.
A perda do primeiro amor
O primeiro amor é como um fogo, que pode ser alimentado com mais lenha ou apagado com um balde de água. Porém, a sua perda não acontece “de repente”.
A Igreja de Éfeso não deixou de amar ao Senhor. Ela apena se esqueceu de como amar ao Senhor com o “Primeiro Amor”.
Isso acontece conosco no plano natural, tanto em relação a pessoas como a objetos. Você já viu alguma mulher ou algum homem se queixar de seu cônjuge por não amá-lo (la) como no início do casamento? Assim como acontece no plano natural, pode acontecer também no plano espiritual. As causas são diversas, porém não estão associadas ao relaxamento do trabalho dedicado ou a crises de desânimo.
A Igreja de Éfeso perdeu o seu primeiro amor, mas continuou trabalhando com dedicação, zelo e perseverança.
Essa perda pode estar associada a pelo menos quatro causas:
Convívio com o pecado. Ainda que não vivemos em pecado, passamos a tolerar, a conviver e acostumar com ele (Mateus 24:12).
Falta de profundidade. A superficialidade no relacionamento com Deus pode extinguir o primeiro amor rapidamente (Lucas 8:13).
Falta de tratamento. Os espinhos e as feridas não tratadas no relacionamento podem sufocar o primeiro amor (Lucas 8:14).
As distrações. Elas roubam o foco e atrapalham a dedicação ao Senhor (Lucas 14:15-24), inclusive nosso próprio serviço prestado ao Senhor (Lucas 10:38-42).
Essas causas podem atingir a qualquer cristão. Por isso é preciso vigiar e proteger o nosso amor pelo Senhor. Mas para aqueles cristãos que já perderam o primeiro amor, existe um caminho de volta.
Voltando ao primeiro amor
Jesus chamou a perda do primeiro amor de “queda”, ou seja, de pecado. Porém, Ele mesmo oferece um caminho de restauração com três passos práticos:
Lembra-te. É um ato de recordação do tempo anterior a perda. “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Jeremias 3:21). É sentir saudade dos momentos especiais na presença de Deus, de como era bom aquilo que foi perdido.
Arrepende-te. É o sentimento de tristeza e dor pela perda do primeiro amor. É lamentar, chorar e clamar pelo perdão de Deus. É reconhecer essa perda como um pecado de falta de amor e desinteresse para com Deus.
Volta à prática das primeiras obras. Não basta apenas revivermos as lembranças e chorarmos. Temos de voltar a fazer o que abandonamos. Essas primeiras obras expressavam e alimentavam o nosso primeiro amor. É voltar a agir com antes, buscando ao Senhor pela madrugada, andando com ele durante o dia, de modo consciente de sua presença constante; desejar aqueles momentos a sós com Ele em oração etc.
Em todo tempo alimente o seu amor pelo Senhor, vigiando e preservando-o, incorruptível. Mas se você abandonou o seu primeiro amor, o Senhor não desistiu de você. Ele está esperando o seu retorno.
Ame ao Senhor com sinceridade!
Por Emerson Cardoso
Inspirado em “De todo coração: vivendo a plenitude do amor ao Senhor” (Luciano Subirá).
4. QUESTÕES PARA REFLEXÃO
- O que é o Primeiro Amor? Como você o descreve? Fale de sua experiência com o Senhor no Primeiro Amor.
- Como o Primeiro Amor pode ser expressado em sua vida diária com o Senhor?
- Em sua opinião, quais são as causas da perda do Primeiro Amor?
- O que fazer para voltar ao Primeiro Amor?
5. MOMENTO DO PASTOREIO
Esse foi um tempo especial que o Senhor preparou para você pensar em seu amor por Deus. Compartilhe conosco sobre como o Senhor falou ao seu coração.