“[…] ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina […]” (2 Pedro 1:4).
1. COMEÇO DE CONVERSA:
A Bíblia nos faz entender que fomos criados para sermos semelhantes a Jesus. Como homens e mulheres perfeitos, participantes da natureza divina.
Assim, pela lógica, deveríamos ter, por exemplo, um coração como o dEle; uma mente como a dEle; um caráter como o dEle; um amor como o dEle etc.
O Apóstolo Paulo chegou a declarar que, apesar das circunstâncias, somos mais do que vencedores, por meio de Jesus (Romanos 8:37). Porém, temos um problema: existem muitas pessoas, tanto individual como coletivamente, que não conseguem viver essa realidade.
O que está roubando a força dessas pessoas e impedindo que elas sejam poderosas em Deus? Qual o “verdadeiro problema”? Esse será o assunto da nossa conversa de hoje.
2. LOUVOR (Um Coração igual ao Teu – Ana Paula Valadão)
Se Tu olhares, Senhor, pra dentro de mim, nada encontrarás de bom
Mas um desejo eu tenho, de ser transformado, preciso tanto do Teu perdão
Dá-me um novo coração
Dá-me um coração igual ao Teu, meu Mestre
Dá-me um coração igual ao Teu, coração disposto a obedecer
Cumprir todo o Teu querer
Dá-me um coração igual ao Teu
Ensina-me amar o meu irmão
A olhar com os Teus olhos
Perdoar com Teu perdão
Enche-me com Teu Espírito
Endireita os meus caminhos
Oh, Deus dá-me um novo coração
Enche-me com Teu Espírito
Endireita os meus caminhos
Oh, Deus dá-me um novo coração
3. TEXTO PARA REFLEXÃO
Em tempos de novos começos, as circunstâncias nos exigem muito esforço. O início não é fácil. O deslocamento do estado de inércia consome boa parte da energia necessária para a jornada.
No entanto, frequentemente, surgem situações que roubam nossas forças; drenam nossa energia e capacidade para sermos bem-sucedidos na caminhada.
Pensando nisso, estamos iniciando essa nova série de reflexões com o propósito de inspirar você a destruir essa força contrária que atrapalha e até impede muitas pessoas de viver os planos e propósitos de Deus para elas.
Hoje, vamos começar pensando sobre o “verdadeiro problema”, naquilo que está por trás desses obstáculos. Vamos contextualizar isso com uma experiência do povo de Israel.
Depois de vencer a guerra contra o Seom, rei dos Amorreus, e contra Ogue, rei de Basã, Israel chega a Moabe. A fama do povo de Deus causava pavor nos moabitas. Mas a partir de uma sugestão de Balaão, o rei Balaque induziu alguns israelitas a se entregarem a imoralidade com as mulheres moabitas e a oferecer culto a Baal-Peor. O resultado foi a morte de 24.000 israelitas, causadas por uma praga que atingiu o acampamento (Cf. Números 25:1-13).
Israel havia vencido seus inimigos anteriores com muita vantagem, mas perdeu a sua “força” com essa praga instalada no acampamento. Agora, eles estavam vulneráveis ao novo inimigo. Mas qual era o seu “verdadeiro problema”?
O povo de Deus sempre teve um arqui-inimigo: Satanás. Apesar de já ter sido vencido na Cruz do Calvário e de estar com seus dias contados, muitos ainda atribuem ao diabo a causa de seus problemas.
Como observamos em 2 Pedro 1:4, o povo de Deus é “participante da natureza divina”. A Bíblia declara que, apesar das circunstâncias, somos mais do que vencedores, por meio de Jesus (Romanos 8:37; 1 Coríntios 15:57); e “o que é nascido de Deus vence o mundo” (1 João 5:4-5), pois a nossa força está no Senhor (Salmos 28:7); a Sua alegria é a nossa força (Neemias 8:10).
No entanto, esse princípio é condicional. Pois, só participa da natureza divina quem é santo; e quem é santo, necessita santificar-se, ainda (Apocalipse 22:11), ou como diz 2 Pedro 1:5: “[…] empenhem-se para acrescentar à sua fé [essas] virtudes […]”.
O nosso inimigo sabe que ele já está vencido e que o povo de Deus tem, em Jesus, a vitória sobre os seus ataques. Mas ele também conhece uma estratégia capaz de drenar as nossas forças. Assim como a “kriptonita” fazia com o Supermen, no cinema.
O “verdadeiro problema” que enfraqueceu e até causou a morte dos israelitas não foi o rei Balaque e nem a praga no acampamento. Mas era uma “kriptonita” que estava entre eles, chamada “PECADO”.
Ele neutraliza a natureza, o poder e o caráter que recebemos de Deus. Sob seus efeitos, a pessoa fica fraca, podendo ser levada a “morte”, se não for “curada” logo.
A natureza do pecado é o engano. Ele chega sutilmente, com distrações, como um “o que que tem?”, “ninguém está vendo”, ou até torcendo a Palavra de Deus. Quando a pessoa se dá conta já está envolvida por ele. Oferece prazeres momentâneos, conduzindo a pessoa por caminhos que levam para longe de Deus, de onde não se consegue ouvir e nem entender a voz do Senhor. Sua visão e mente vão se escurecendo e seu o coração endurecido já está insensível a Deus.
O pecado ataca a sua vitalidade, o amor, a força, o equilíbrio e o propósito que possui.
Mesmo pecando intencionalmente, ninguém pode fazer nada para que Deus o deixe de amar (Romanos 8:35). Pois “Deus tanto amor o mundo que deu […]” (João 3:16).
Entendemos que o pecado não é um erro de alvo, mas um erro de caminho, que conduz a morte. Pois enquanto caminha, o pecador vai ficando cada vez mais enfraquecido. No entanto, enquanto estiver de pé, o ele pode se dar conta do seu erro, caindo em si, e retornar ao Caminho que conduz à vida. Jesus disse “Eu sou o caminho a verdade e vida” (João 14:6).
Deus te ama profundamente. Ele tem até ciúmes de você (Tiago 4:5). Por isso, mesmo que você esteja cheio do poder e da virtude de Deus, Ele está sempre chamado a sua atenção para fugir até da aparência do mal (1 Tessalonicenses 5:22).
Uma pessoa pode ser colocada em frente de um trilho de cocaína e não sentir nenhuma atração por ela, mas algumas pessoas não conseguem resistir a uma revista pornográfica, ou a uma fofoca, ou a uma mentira, etc. Por isso, o escritor aos Hebreus nos adverte:
“[…] livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta” (Hebreus 12:1)
O pecado é como a “kriptonita”. Seu contágio pode ser fatal. Ele é o verdadeiro problema que rouba a sua força. Mas você tem o poder em sua língua para destruí-lo, dizendo NÃO a ele!
Deus te abençoe!
por Emerson Cardoso
4. QUESTÕES PARA REFLEXÃO
- O que está roubando a força dessas pessoas e impedindo que elas sejam poderosas em Deus? Qual o “verdadeiro problema”?
- O que é o pecado? Quais os efeitos do pecado? Como ele opera na vida das pessoas?
- O pecado é um erro de caminho. Como você entende essa declaração?
- O que devo fazer para destruir o poder do pecado sobre a minha vida?
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BEVERE, John. Kriptonita: como destruir o que rouba a sua força. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Luz às Nações, 2017.