“Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido” (João 1:18 NVI)
LOUVOR (Revela a nós, Senhor – Harpa Cristã Nº 88)
Jesus, meu Rei, Mestre e Senhor,
O Teu amor revela a mim,
Enquanto eu aqui viver,
Até eu ver da vida o fim.
Coro
Revela a nós, Senhor Jesus, meu Salvador,
As maravilhas mil do Teu divino amor;
E com veraz louvor, fervente gratidão;
Eleva a TI, Jesus Senhor, o nosso coração.
As bênçãos mil do Teu amor,
Qual esplendor me cercarão;
O Teu olhar será, Jesus,
A grata luz do coração.
Sorrisos Teus verei brilhar,
Se não andar no mundo vil:
Desfrutarei prazer veraz,
Tempo de paz primaveril.
E, quando for no céu morar,
E descansar dos dias meus,
Feliz viver receberei
De Ti, meu Rei, meu santo Deus!
TEXTO PARA REFLEXÃO
Discutimos na semana passada sobre quem é Deus para nós. E consideramos que somente quando olhamos para Jesus é que podemos compreender realmente como é o verdadeiro Deus.
Deus se revelou à humanidade de várias maneiras, como por meio de visões proféticas (Isaías 6:1-7; Ezequiel 1:1), de sua revelação através da natureza (Salmos 19:1; Romanos 1:19,20), por meio dos profetas (Deuteronômio 18:18; Isaías 51:16; Jeremias 1:9; Amós 3:7), por meio do Espírito Santo (Isaías 11:2; João 15:16; João 16:13), por meio da Palavra de Deus (2 Timóteo 3:16; Salmos 119:105, 130; 2 Pedro 1:19), e, finalmente, por meio de Jesus (Hebreus 1:1-3).
Mas quem é Jesus para você e como Ele revela o Deus único e verdadeiro?
As Escrituras falam de Jesus muito antes dele vier ao mundo. Profecias a cerca dEle, anunciadas há muitos séculos antes dele nascer, detalhavam aspectos de sua vida e obra um tanto quanto difíceis de associá-las ao Deus da imaginação popular. Elas não mostravam Jesus vindo salvar e resgatar o mundo e os seres humanos como um tipo de super-homem, nem com um exército de anjos armados.
Jesus chega ao mundo com a missão de salvar os seres humanos e restaurar toda a Criação de Deus, mas com um poder totalmente diferente – o Poder do Ágape, como os primeiros cristão assim o chamavam.
Jesus cumpre a sua missão ao “(morrer) pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, (e ao ser) sepultado e (ressuscitado) ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3,4).
Essa Boa Notícia anunciada aos judeus do primeiro século, primeiramente por Jesus e depois pelos primeiros cristãos, revelava que as antigas promessas de Deus haviam se cumprido, que o único e verdadeiro Deus finalmente havia vindo ao mundo em carne e osso, como o Filho do Homem, para reivindicar seu governo sobre a terra.
Contudo, muitos judeus tiveram dificuldade de aceitar essa boa notícia, pela forma como Deus se revelou em Jesus – um camponês de Nazaré, apesar de suas obras poderosas e das profecias a cerca dEle.
Os judeus do tempo de Jesus, sobretudo os líderes religiosos, não aceitaram a ideia de associar a “imagem” que eles criaram de Deus à Jesus. Apesar dessa “imagem” não ser um objeto de escultura ou de pintura, ela estava na mente deles como forma da compreensão que tinham de Deus. Como se pudessem examinar a Deus dos pés à cabeça, avaliando cada detalhe de Seu ser.
Mas, quem pode “examinar e compreender” Deus? (Jó 11:7; Romanos 11:33,34; 1 Coríntios 2:16). Os líderes judeus acreditavam que podiam compreender Deus pelo exame das Escrituras, mas se fosse possível esquadrinhar a Deus, seria o mesmo que negar que Ele exista. Apesar de Jesus dizer “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim” (Apocalipse 22:13), Ele é eterno, não tem início nem fim. Não se pode colocá-lo em uma “caixinha” de qualquer religião e dizer: “Deus é isso”. As religiões que tentaram compreender Deus, como os líderes judeus do tempo de Jesus, na verdade, estavam criando um deus à sua imagem, invertendo a lógica da Criação.
Não fomos criados para esquadrinhar a Deus, fomos criados para confiar nEle.
Os judeus tinham muitos motivos para confiar em Deus e em suas promessas. Mas de tanto esperar o cumprimento dessas antigas promessas de Deus em voltar para libertar Seu povo dos inimigos e encher o mundo com justiça e paz, parece que estavam pensando que o Deus de Israel havia “dormido em serviço”. Alguns dos Salmos “gritam” para que Deus venha socorrer seu povo (Salmos 18:41; Salmos 73:20; Salmos 78:65 Salmos 90:13; Salmos 35:17). Profetas como Habacuque também (1:2). No entanto, os profetas continuaram a anunciar que a boa notícia de Deus chegaria.
Durante muitas gerações, quem lia ou cantava esses Salmos continuavam tentando acreditar que as promessas de Deus se cumpririam, apesar de muitas evidências em contrário. Então, certo dia, um jovem entrou em uma sinagoga de Nazaré e anunciou que o tempo era chegado. As boas novas haviam chegado em pessoa.
E depois de quase três anos anunciando a chegada da boa notícia de Deus, Jesus declara:
“Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto. Disse Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Jesus respondeu: Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: Mostra-nos o Pai?” (João 14:7-9)
Mas seus discípulos viam um homem de carne e osso diante deles, até que depois de Jesus morrer e ressuscitar com um corpo que podia aparecer e desaparecer através de portas fechadas, e com a descida do Espírito Santo sobre eles, puderam testificar de tudo que viram e ouviram do Senhor. Como da revelação a João na Ilha de Patmos, quando ele viu a Cristo Glorificado:
“Voltei-me para ver quem falava comigo. […] vi […] alguém semelhante a um filho de homem, com uma veste que chegava aos seus pés e um cinturão de ouro ao redor do peito. Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a lã, tão brancos quanto a neve, e seus olhos eram como chama de fogo. Seus pés eram como o bronze numa fornalha ardente e sua voz como o som de muitas águas. […]. Sua face era como o sol quando brilha em todo o seu fulgor” (Apocalipse 1:12-16).
Esse é Jesus, o Filho de Deus que se revela a nós e se faz conhecido por nós. Ele é Deus e veio sim como homem. Ele vive em nós, a Igreja. E nós “vimos a Sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade” (encerre lendo João 1:1-5,10-14).
WHIGHT, N. T. Simplesmente Boas Novas. Adaptado por Emerson Cardoso
QUESTÕES PARA REFLEXÃO
- Como você imagina que Jesus era antes de nascer do ventre de Maria? (analise à luz de João 1:1-5 e João 17:5)
- Associe a visão que você tem de Jesus, quando ele esteve aqui na terra, com a visão de Jesus Glorificado (Apocalipse 1-12-16). Como ele revela Deus a você nesses dois momentos?
- Que sentimentos vem a você ao conhecer Jesus nesses dois episódios?
- Agora, sabendo quem é Deus, como você confiaria sua vida à Ele?
- Como você apresentaria Jesus a outra pessoa?
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
WHIGHT, N. T. Simplesmente Boas Novas: Por que o Evangelho é uma notícia e o que a torna boa. Tradução Idiomas e Cia/Cláudio Chagas. Brasília: Chara Editora, 2016.