OBEDIÊNCIA: A PRÁTICA DA FÉ

“Logo em seguida, Jesus insistiu com os discípulos para que entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia a multidão […] mas o barco já estava a considerável distância da terra, fustigado pelas ondas, porque o vento soprava contra ele” (Mateus 14:22,24 NVI).

LOUVOR (Sobre as ondas do mar – Harpa Cristã 467)

Oh! Por que duvidar sobre as ondas do mar
Quando Cristo caminho abriu
Quando forçado és contra as ondas lutar
Seu amor a ti quer revelar
 
(Coro)
Solta o cabo da nau, toma os remos na mão
E navega com fé em Jesus
E então tu verás que bonança se faz
Pois com Ele seguro serás
 
Trevas vêm te assustar, tempestades no mar
Da montanha o Mestre te vê
E na tribulação, Ele vem socorrer
Sua mão bem te pode suster
 
Podes tu recordar maravilhas sem par
No deserto ao povo fartou
E o mesmo poder, Ele sempre terá
Pois não muda e não falhará
 
Quando pedes mais fé, ele ouve o crê
Mesmo sendo em tribulação
Quando a mão de poder o teu ego tirar
Sobre as ondas poderás andar

TEXTO PARA REFLEXÃO

Na semana passada, falamos sobre a fé enquanto esperança do crente. Pois, viver pela fé é ser movido pela esperança nas promessas de Deus. A esperança é produzida na vida do crente a partir de suas experiências com Deus, no terreno da obediência.

Hoje, vamos pensar como é caminhar com Jesus em obediência como prática de fé.

Jesus havia “insistido” com os discípulos para entrarem no barco (v22).

Apesar da resistência dos discípulos, eles obedeceram ao Mestre. Seguiram para a outra margem do lago, em obediência. E mesmo obedecendo ao Senhor, passaram por uma grande tempestade. O risco de naufrágio era iminente.

Isso demonstra que todo cristão obediente à voz do Senhor pode passar por “tempestades” na vida.

Por vezes, a ordem do Senhor pode não parecer a melhor direção aos olhos humanos. Isaque estava fugindo da fome, e apesar de sua intenção em ir para o Egito, ele permaneceu em Gerar, um lugar com escassez de água (Gênesis 26.1-6). Mesmo não parecendo uma boa ideia aos seus olhos, Isaque decidiu obedecer ao Senhor. Cavou poços, semeou na terra e prosperou em tempo de seca e muita fome naquela região. Isaque obedeceu porque confiou nas promessas que Deus havia feito a seu pai e que agora dizia a ele. Mesmo em obediência, Isaque passou por crises de falta d’água gerada por crises com seu vizinho naquela terra. Abandonar aquela terra parecia a melhor saída aos olhos humanos, mas Isaque decidiu obedecer à voz do Senhor. Ele lidou com crise sob a direção de Deus e foi abençoado.

Alta madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar (v25).

Os discípulos estavam aflitos com aquela tempestade pelo alto risco que corriam. O barco estava a ponto de naufragar, quando Jesus vem sobre as águas turbulentas para os socorrer.

Aprendemos com isso que Jesus espera o momento certo para vir nos socorrer. Por vezes Ele decide não nos livrar “das tempestades da vida”, mas sempre vem nos livrar “nas tempestades da vida”, quando nos submetemos a Ele em obediência.

Jesus sabe o momento certo de vir nos socorrer. Ele sempre tem um propósito pedagógico nisso: nos ensinar a caminhar por fé.

Os discípulos estavam aprendendo a conhecer a Voz do Senhor (v26-29).

Os discípulos não conheceram Jesus quando este vinha ao encontro deles. E tiveram medo. É isso que a falta de fé produz: medo! Ao ouvir a voz do Senhor, ainda duvidaram se era Jesus mesmo, porque lhes faltava fé.

Quando ouviu a voz do Senhor pela primeira, segunda e terceira vez, o jovem Samuel também não o conheceu. Somente depois da orientação de Eli, ele aprendeu a ouvir a voz do Senhor (1 Samuel 3:4-10).

Pedro questionou e provou se era Jesus quem falava com ele. Não há nada de errado nisso. O Senhor deseja que o conheçamos, não apenas de ouvir falar sobre ele, mas que o conheçamos pessoalmente em um relacionamento sério e profundo (Jó 42:5). Porém, não existe relacionamento sério e profundo sem diálogo. Você pode aprender a conhecer a voz do Senhor em oração, sabendo que isso não é um monólogo, mas um diálogo!

A fé e o paradoxo humano.

Os discípulos estavam em um barco, que aos olhos humanos parecia ser um lugar confortável e seguro. No entanto, em uma tempestade essa percepção naufraga com a falta de fé. Pense rápido, nas tempestades da vida, qual o melhor lugar para estar, no barco ou no mar? A resposta certa é depende. Depende de onde Jesus está. Se Jesus está com você no barco, no momento certo ele vai acalmar a sua tempestade. Se Jesus estiver no mar te chamando, ele dará ordem ao seu respeito para que você “ande sobre as águas”.

Por vezes o Senhor quer que saiamos de nosso lugar de aparente conforto e segurança para novas experiências com ele, para que o conheçamos ainda mais. Mesmo se for um contrassenso para você, saiba que a obediência ao Senhor é uma demonstração de fé, e a fé, um ato de confiança em Deus.

Conclusão

A obediência é uma demonstração da fé. Dizer que tem fé em Deus não é o suficiente para agradar a Deus. A fé é uma dádiva de Deus. Ela é como uma semente. Precisa encontrar terra fértil com água, nutrientes e receber os cuidados do cultivo para crescer e produzir frutos, a fim de alimentar a fé de outros ao nosso redor. Deus tem propósitos para cultivar a fé em seu coração. O que Ele espera de você é um coração obediente.

Pedro foi obediente à voz de Jesus para sair do barco e andar sobre as águas. Em um momento ele se distraiu com o vento e as ondas e começou a afundar. Se isso acontecer com você também, saiba que Jesus está bem aí ao seu lado para estender a mão e te socorrer.

Por Emerson Cardoso

QUESTÕES PARA REFLEXÃO

  1. O que você faz quando sente medo?
  2. Você já ouviu o Senhor falar com você? Caso afirmativo, como você soube que era o Senhor quem falava com você? Fale de uma de suas experiências.
  3. Você já foi chamado pelo Senhor para “sair do barco”? Caso afirmativo, como foi essa experiência?
  4. Jesus já teve de insistir com você para obedecê-lo? Como foi essa experiência?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *