“Portanto, eu lhe digo, os muitos pecados dela lhe foram perdoados, pelo que ela amou muito. Mas aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama” (Lucas 7:47; leia do verso 36 ao 48)
LOUVOR (Vim Para Adorar-Te – Adoração e Adoradores))
Luz do mundo vieste a Terra
Pra que eu pudesse Te ver
Tua beleza me leva a adorar-Te
Quero contigo viver
Vim para adorar-Te
Vim para prostrar-me
Vim para dizer que és meu Deus
És totalmente amável
Totalmente digno
Tão maravilhoso para mim
Eterno rei exaltado nas alturas
Glorioso nos céus
Humilde vieste a Terra que criaste
Por amor pobre se fez
Eu nunca saberei o preço
Dos meus pecados lá na cruz
TEXTO PARA REFLEXÃO
Certa ocasião Jesus disse aos seus discípulos “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (João 14:15). Disso se deduz que a obediência aos mandamentos é proporcional ao amor a Deus. Logo, se alguém acha difícil obedecer aos Mandamentos é porque ainda não ama a Deus o suficiente. Observe o que a Bíblia diz a respeito: “Porque nisto consiste o amor a Deus: obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados” (1 João 5:3).
O texto de referência que tomamos para essa reflexão fala de uma mulher pecadora que muito amou ao Senhor, porque os seus muitos pecados lhes foram perdoados. Tomando emprestado o termo empregado pelo Pr Luciano Subirá, é como se essa pecadora fosse movida a fazer aquilo por uma espécie de “dívida de gratidão”, como resposta de amor ao Senhor. Essa mulher conhecia a sua culpa e, agora, entendia o que Jesus fez por ela: “sua lista de pecados é muito extensa; sua dívida é muito alta; mas eu resolvo perdoar todos eles e zerar a sua conta!”. Por outro lado, a atitude de Simão parece ser oposta à da mulher, vejamos.
O problema da ingratidão
Simão não reconhecia que precisa do perdão de Jesus. Assim com seus convidados, ele também não acreditava que Jesus podia perdoar pecados. E falando de pecados, Simão era um fariseu, a seita religiosa mais rigorosa do judaísmo. Os fariseus se acham mais santos que os demais (Lucas 18:11).
A Bíblia não faz distinção e nem contabiliza uma lista de pecados para a condenação do homem: “a alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18:4) “pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Romanos 3:23). Os pecadores, independente da qualidade ou da quantidade de seus pecados, estão na mesma condição: perdidos!
Em outra ocasião, Jesus disse que “os sãos não precisam de médicos, mas sim os doentes” (Mateus 9:12). Certamente, ele estava se referindo aos doentes da alma. Jesus estava dizendo que apenas os doentes que sabiam que estavam doentes eram aqueles que procuravam o médico. E o único “médico” que pode curar a doença do pecado é Jesus.
Ao ver aquela mulher entrando na sala, Simão e os seus convidados identificaram-na imediatamente como uma pecadora. Mas eles mesmos não viam os seus pecados.
Jesus criticou a nossa “cegueira” ao questionar: “Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?” (Lucas 6:41).
Parece que o problema da ingratidão está na dificuldade em reconhecer a nossa condição de pecador e o que Jesus fez por nós. O Apóstolo Paulo conhecia as suas qualidades religiosas a ponto de se achar irrepreensível quanto a Lei (Filipenses 3:3-6). Mas esse mesmo homem se acha também o “pior dos pecadores” (1 Timóteo 1:15). Paulo sabia que sua religião não o salvaria, e que mesmo se ele fosse o único pecador nessa terra Jesus morreria para salvá-lo. Esse entendimento certamente gerou em Paulo uma “dívida de gratidão”.
Paulo foi um homem como nós, mas o que ele fez para vencer o problema da ingratidão? Ele dá a resposta em Romanos 2:4: “a bondade de Deus o leva ao arrependimento”.
Arrependimento e fé
A Bíblia declara que o “justo vivera pela fé” (Hebreus 10:38). Jesus disse a todos quantos creram nele “a sua fé te salvou” (Lucas 7:50).
Não há dúvida quanto ao papel da fé em nossa salvação, porém, Jesus iniciou o seu ministério terreno anunciando o Evangelho do Reino com a seguinte declaração: “Arrependam-se e creiam no Evangelho” (Marcos 1:15). Ou seja, o arrependimento precede a fé.
O arrependimento é o resultado da consciência de nossas “misérias” (Tiago 4:9). Mas o arrependimento não acontece com o aperto de um “botão”. Os irmãos da igreja de Laodicéia eram pessoas bem abastadas, mas Jesus os chamam de “coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” (Apocalipse 3:17). Jesus também chama a atenção dos irmãos da igreja de Éfeso para arrependerem-se, apesar do Senhor aprovar as suas obras (Apocalipse 2:5). Para tratar disso, Jesus ofereceu “colírio” para curar a cegueira deles e a nossa também (Apocalipse 3:8).
O objetivo de Jesus com isso é nos levar ao arrependimento, mas não para ficarmos com sentimento de culpa: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1). Jesus quer que não sejamos esquecidos de onde fomos resgatados, de quem éramos e o que Ele fez por nós.
Ele instituiu a “Ceia do Senhor”, para que sempre que comêssemos do pão e tomássemos do vinho, lembrássemos do que Ele fez por nós (Lucas 22:19). O arrependimento nos blinda do retorno ao nosso passado, ao mesmo tempo que aumenta a nossa resposta de amor ao Senhor por tudo que ele é, e por tudo o que ele fez por nós.
O tema da adoração no Céu (Apocalipse 5:9-12)
O tema da adoração no Céu será a obra de Jesus, por toda a eternidade! (Apocalipse 7:9,10). Contudo, a adoração não muda Deus. Ele continua sendo Deus com ou sem a adoração. Mas a adoração muda a consciência de quem somos e o que Ele fez por nós. A adoração nos conduz a um estado de rendição a Deus, sabendo que o amor dEle nos constrange (2 Coríntios 5:14). Nós somos culpados por Jesus ter ido à Cruz. E o constrangimento fica maior ainda ao saber que ele fez tudo isso por amor a nós. Por isso, que resposta poderíamos dar a ele por essa dívida de gratidão, a não ser uma resposta de amor?
Ame ao Senhor intensamente!
Por Emerson Cardoso
Inspirado em “De todo coração: vivendo a plenitude do amor ao Senhor” (Luciano Subirá).
QUESTÕES PARA REFLEXÃO
- Por que você acha que a mulher pecadora amou a Jesus mais que Simão, o fariseu?
- O que o Apóstolo Paulo fez para se ver como o “pior dos pecadores (1 Timóteo 1:15), apesar de ser um religioso irrepreensível (Filipenses 3:3-6)?
- Como a adoração conduz o adorador ao estado de rendição o Senhor?
- O que o Apóstolo Paulo quis dizer com “o amor de Deus nos constrange” (2 Coríntios 5:14)?