Iniciamos o estudo sobre o princípio da comunhão do CORPO DE CRISTO a partir da metáfora do purê de batatas. Na primeira semana, vimos que o processo de nos tornar UM começa colocando as “batatas para cozinhar” – precisamos ser cozidos na mesma “Água” (que é a Palavra) e no mesmo “fogo” (que é a ação do Espírito Santo); as batatas precisam ser completamente cobertas pela Água. Na semana passada, discutimos sobre o processo de tirar a casca – as máscaras que escondem nossa essência; vimos a necessidade de esperar o tempo certo e os cuidados a serem tomados. Hoje, para fechar essa série, vamos falar sobre a parte mais gostosa – amalgamar as batatas.
1. Amalgamando as batatas
Consiste em unir as batatas ao ponto de formar uma massa homogênea. Amalgamar significa juntar ingredientes heterogêneos ao ponto de formar uma mistura homogênea; pode significar ligar-se, unir-se, fundir-se.
A partir desse vínculo sobrenatural por meio de Cristo, nos unimos uns aos outros. Chamamos isso de comunhão (koinonia). Algo a mais que tomar a Ceia do Senhor juntos. Compreende uma associação de irmãos, envolvendo amizade, participação nos seus sentimentos, de suas experiências e de sua convivência; relacionamento que envolve propósitos e atividades comuns.
2. Desenvolvendo a receita
A comunhão entre os irmãos nasce do compartilhamento da fé. O processo é manual. Isso mesmo, de “mão em mão” os irmãos vão se conectando naturalmente, sem forçar a barra. Nada de artifícios mecânicos como os liquidificadores e processadores, como igrejas virtuais pela televisão e internet.
Depois das batatas amalgamadas, a mistura recebe os temperos que vão dar sabor ao prato. Assim também é a comunhão dos irmãos quando “temperada” pelo Fruto do Espírito Santo, fica deliciosa (Gálatas 5:22).
3. Permanecer no convívio uns com os outros, partilhando da mesma fé
O NFC não pode estar restrito a uma reunião semanal. É um estilo de vida em comunidade. Por meio dele desenvolvemos várias atividades complementares para manter o convívio dos irmãos durante a semana toda: fazer vigílias, reuniões de oração, atividades de lazer, café da manhã ou almoço etc. Desde que todas elas sirvam ao propósito de glorificar a Deus e edificar os irmãos (Hebreus 10:24,25).
A koinonia da Igreja foi formada com irmãos que, apesar de serem únicos e diferentes entre si, estavam unidos em uma só fé e pelo mesmo Espírito, convivendo diariamente uns com os outros para partilhar a si mesmos como os outros. O resultado, várias pessoas formando um só corpo, apesar da diversidade de seus membros.
As pessoas que tiraram suas máscaras precisam ser protegidas da ação do mundo e de seus ataques.
Conclusão
O homem não pode alcançar plena realização pessoal senão pela comunhão, e não pode atingir essa comunhão a não ser vivendo o dinamismo da mútua e recíproca entrega e acolhida, tanto com os irmãos quanto com Deus.
Rejeitar sentar-se à mesa com Deus e com os irmãos é pecado. Deus está edificando uma grande família de filhos e filhas semelhantes a Jesus, onde todos devem ser UM, como Jesus orou. Mas essa comunhão, esse purê saboroso não pode chegar ao ponto ideal de cozimento se há isolamento, ou barreiras entre as “batatas”.
Amalgamar as “batatas” significa unir os irmãos. E esse foi o plano de Deus para a Igreja que Ele edificou.
Por Emerson Cardoso
Questões para reflexão
- O que tornou a primeira igreja tão atraente para os de fora?
- Que obstáculos você vê em nossa igreja local para experimentar a mesma comunhão da primeira igreja?
- Considere uma pessoa com rotina semanal apertada – trabalho de 44h, trânsito de 3h por dia, estudo à noite, família para cuidar. Como ela poderia conviver diariamente com os irmãos do NFC?
- O que pode atrair você a uma convivência diária com os irmãos deste grupo?
- Você está disposto (a) a experimentar uma convivência diária com os irmãos deste grupo?